Alinhando a rodas
O Alinhando as Rodas é uma atividade da Ameciclo que tem como intuito ajudar a construirmos narrativas coletivas e consistentes para a associação. Tratando de temas relativos à mobilidade ou ao direito à cidade como um todo, com debates em formatos de live (ao vivo), discutiu-se temas como sustentabilidade, mobilidade ativa, saúde, gênero, raça, mobilidade urbana, uso de dados e incidência política.
Contexto: Parte do Escola da Bicicleta, que é um projeto de formação interna, que visa nivelar o conhecimento dos ameciclistas. Contudo, em 2020, estávamos vivendo a pandemia da covid-19 e não podíamos nos encontrar para esta formação. E foi assim que nasceu o Alinhando, no formato online, no Youtube, dando a oportinidade de acesso a bem mais pessoas. No total, tivemos 2.268 vizualizações, com uma média de 189 espectadores por vídeo.
O projeto contou com pessoas convidadas da rede de parceiros da Ameciclo e foi ao ar quinzenalmente no canal do YouTube da Ameciclo, durante o período de quarentena, na pandemia da covid-19. O projeto, que faz parte da Escola da Bicicleta e iniciado em 2020, já abordou os seguintes temas:
Uso da bicicleta em tempos de COVID-19
A primeira edição do Alinhando as Rodas, uma série de conversas e debates com o intuito de contrubuir na construção e amadurecimento do discurso da Ameciclo. Quem participou dessa live com a gente foi: André Soares (coordenador do GT Pesquisa e do Observatório da Bicicleta da UCB), John Fontenele-Araújo (Médico, professor titular de Neurociência na UFRN, pesquisador do CNPq, cicloativistas da ACIRN e UCB e cicloturista) e Jô Pereira (Educadora Física, pós graduada Arte Integrativa, profissional nas Artes Cênicas. Idealizadora Pedal na Quebrada, Mapa Pedal Afetivo, Mapa Afetivo da Mobilidade Ativa. Atual Dir. Geral da Associação de Ciclistas Urbanos de SP, Bicycle Mayor SP. Desenvolvedora de projetos sociais e culturais que envolvem Educação, Artes,Cultura,Mobilidade e intersecções com Territorios, Gêneros e Etnias).
Serviços de entrega por bicicleta e COVID-19
Esta edição teve como convidados Tássia Furtado (arte educadora de formação, bicicleteira de coração, ciclomensageira futura Arquiteta e Urbanista, palestrinha da mobilidade ativa por Bicicleta) e Matheus Sousa (militante do PCB, ciclo entregador e graduando em engenharia de software). A mediação foi por conta de Beto Araújo (mestre em psicologia, cicloativista então coordenador da Ameciclo).
O cicloentregador Marcelo Alves (Sapo), artista-grafiteiro, coordena e entrega pelo grupo Delira Express, foi convidado, contudo não compareceu à live.
Mobilidade ativa e gênero
A conversa contou com a participação de Daniele Queiroz (PA): Formada em Filosofia pela Universidade Federal do Pará. Cicloativista, produtora cultural, articuladora do Coletivo ParáCiclo, voluntária na Rede Bike Anjo Belém, uma das organizadoras do Pedala Mana, um pedal exclusivo para mulheres em Belém-Pa; Marina Harkot (SP): Socióloga e Cicloativista. Fez parte da criação dos GTs Gênero da Ciclocidade, UCB e já trabalhou na Escola de Ativismo. Em seu mestrado aborda quais as barreiras que dificultam as mulheres a usarem bicicleta como transporte em São Paulo e, porque não, em outras cidades brasileiras. Desenvolve pesquisas sobre planejamento urbano a partir de uma perspectiva interseccional na FAUUSP; Uana Mahin (PE): Cantora, cicloativista e mãe. Além de associada, atualmente integra a equipe de comunicação da Ameciclo. O fortalecimento e o empoderamento das mulheres, em especial das mulheres negras, é a força motriz do seu trabalho artístico e da sua militância diária. A mediação foi por conta de Manu Saudades: Pedagoga, cicloativista e mãe. Compõe o GT de mulheres da Ameciclo e é tb associada desta mesma organização. Foi eleita em 2020 para conselheira regional da UCB.
Mobilidade ativa e questões LGBTQIA+
O debate contou com a participação de Punny (PE): Gorda e bissexual que não performa feminilidade, Punny é atualmente DJ que tem como guia dos seus trabalhos as vozes periféricas dos variados bregas, funks, suas variações e o resto, procurando enaltecer mulheres, LGBTQs e a luta antirracista. Também constrói o coletivo Faça Amor, Não Faça Chapinha (FANFC) e encontra na bicicleta autonomia e liberdade, fazendo dela transporte, terapia e companheira de aventuras cotidianas; Thulio (PE) é professor de inglês por hobbie e bicicleteiro por profissão. Membro do Biciqueer, sempre perambulando pra cima e pra baixo e envolvidos em projetos de bicicleta e lgbtq; Vique (PE) é idealizadora e coordenadora do Pedalzinho LGBT - Levanta Gata Bora Transitar. Mestranda em Psicologia pela UFPE, feminista, cicloativista, poleira e pansexual. Argumenta que direito à cidade e à mobilidade urbana é questão de saúde pública. Pra conduzir o papo contaremos com a presença de Igor Caetano (PE) que trabalha no núcleo de empreendedorismo do Porto Digital.faz parte principalmente do programa de incubação. É um coordenadores do programa Porto+, iniciativa de empoderamento da comunidade LGBTI+ do ecossistema de inovação de Pernambuco e é Analista de Projetos do Impacto na TODXS Brasil, startup social brasileira sem fins lucrativos que cria soluções usando tecnologia e inovação para fazer do Brasil um país mais inclusivo para todas as pessoas. Ciclista, acrobata e tem experiência com projetos de inovação e design.
Mobilidade ativa e questões de raça
Esta edição será sobre Mobilidade Ativa e questões raciais e contou com a presença de Anderson Vieira (PE) - Cicloentregador, estudante de educação física, bailarino, arte educador e bicicleteiro desde 2009. Entende a bicicleta como meio de transformar a vida individual e coletiva: "não consigo desligar essa militância da militância negra ou de classe, porque enquanto estou na bicicleta continuo sendo preto e pobre"; Jamile Santana (BA) - Usuária da bicicleta há 6 anos, Jamile é Bacharel em Humanidades, Licencianda em Ciências Sociais e ocupa atualmente a coordenação do coletivo La Frida Bike, grupo que criou o primeiro capacete para cabelos crespos do mundo e usa a bicicleta como ferramenta de transformação, busca da autoestima e de reparação da segregação espacial da cidade; Jaque David (SP) - Filha da Cleusa, neta da Anésia e da Waldice, publicitária, especialista em Marketing (FGV) e em Fashion Marketing and Communication (IED), mestranda em Dirección y Admnistración de Empresas (Universidad de la Empresa), integrante do agogô no bloco feminino afroafirmativo Ilú Obá de Min, cicloativista no Giro Preto e na Ciclocidade. A mediação do debate será feita por Thuanne Teixeira (PE) - Recifense desde 1993, tomando fino desde 2004, bicicleteira desde 2014, cicloativista desde 2016. Atualmente integra a equipe de coordenação da Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife.
Cidades mais humanas
Aqui, deu-se início uma série de três debates para aprofundar as ideias do Manifesto A Cidade que Urge. A ideia é conversar por que/como construir cidades que cuidem mais da vida que do fluxo de veículos, que facilite encontros, afetos, que sejam mais humanas. Estavam na conversa Clarissa Duarte (PE), Marcelo Larama (BH) e Sheila Hempkemeyer (SC), a mediação será feita por Roderick Jordão (PE). Clarissa Duarte (PE) é Arquiteta e Urbanista; Professora da UNICAP. Mestre em Planejamento Urbano e Dinâmica dos Espaços pela Univ. Paris 1- Sorbonne. Integrou a equipe Coordenadora do Plano Centro Cidadão (UNICAP-PCR); Marcelo Larama (BH) é Doutor em Geografia pela UFMG (2015), tendo como tema a mobilidade urbana e a cidade, é Engenheiro Civil de formação trabalhou na Prefeitura de Belo Horizonte por mais de 20 anos. Desde 2013, atua em movimentos sociais ligados à mobilidade urbana, especialmente ligados à ciclopolítica e, recentemente, na criação da rede de ativismo mimético denominada desvelocidades, que promove ações em busca de uma cidade com baixas velocidades, ruas compartilhadas e com mais vida e cidadãos que usam e se apropriam dos espaços públicos; Sheila Hempkemeyer (SC) é pesquisadora do campo da educação, acredita ruidosamente que precisamos formatar uma outra relação com a Terra. Carrega consigo percursos formativos na psicologia, costura, se construindo ativista pela bicicleta, feminista, antirracista, decolonialista, etc. Roderick Jordão (PE) é fundador da La Ursa Tours, associado da Ameciclo, cicloativista-empreendedor-viajante e acredita que a bicicleta pode tornar as cidades mais humanas.
Cidades mais democráticas
Uma conversa sobre como transformar as cidades para que hajam divisões mais justas do espaço entre os modos de transporte, com menos privilégios sociais, raciais e de gênero, priorizando assim os recursos para quem mais precisa. Essa edição contará com a participação de Dani Lins, Fernanda da Costa, Leta Vieira e mediação de Renato Zerbinato. Dani Lins é Comunicadora popular e Membra do coletivo Caranguejo Tabaiares Resiste; Fernanda da Costa é Advogada formada pela Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP, especialista em planejamento e uso solo urbano pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional - IPPUR/UFRJ e mestra em planejamento urbano e regional pelo Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano MDU/UFPE; Leta Vieira é Arquiteta e urbanista e integrante do Mãos Solidárias - MST; Renato Zerbinato é Coordenador da Ameciclo, Bicicleteiro, deboísta, amante da cultura da paz, autonomista. Pedala sua utopia por becos e vielas conhecendo as pessoas, as cidades e buscando uma sociedade mais justa e igualitária.
Cidades mais sustentáveis
Nesta edição tivemos a participação de: Davi Martins (Greenpeace), João Cerqueira (Cicli - Pedalando pelo Clima), Lígia Lima (Ameciclo). A mediação será feita por Manu Saudades (Ameciclo).
Infância e cidades
Aqui ainda estamos aprofundando as ideias do manifesto, agora discutindo a importância de termos as crianças como uma referência para uma cidade acessível e democrática. Estiveram na conversa Silvia e Nina, ativistas (São Paulo -SP), Rogério Morais, secretário executivo municipal para a primeira infância (Recife-PE).
Transporte coletivo em tempos de pandemia
Participaram dessa live Glaucia Pereira, graduada em física e mestre em Administração com ênfase em métodos quantitativos. É proprietária da empresa Multiplicidade Mobilidade Urbana, fundada em 2017, onde se dedica à pesquisa em mobilidade urbana com foco em cidades sustentáveis. Antes disso, teve experiência de 10 anos no poder público municipal em pesquisas e análise de dados de trânsito e transporte. Participa de associações de ciclistas e pedestres; Rafael Calábria é graduado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP), especializado em Planejamento e Gestão de Cidades pela Escola Politécnica da USP. É criador e conselheiro da Cidadeapé - Associação pela Mobilidade a Pé em São Paulo, é titular do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito de São Paulo. É Coordenador do Programa de Mobilidade Urbana do Idec; Levi Arruda, Jornalista, Metroviario e Coordenador na Frente de Luta Pelo Transporte Público/PE. Manu Saudades foi a responsável pela mediação dessa edição.
Dados na mobilidade: seus usos e impactos
Nesta edição trouxemos exemplos de plataformas de coleta e exposição de dados que podem contribuibir com a pauta da mobilidade, seja em pesquisas, seja em incidência política. Participaram da transmissão Felipe Alves: é Engenheiro civil, atua com mobilidade sustentável desde 2012. Já passou pela diretoria da Associação de Ciclistas Urbanos de Fortaleza - CICLOVIDA, e atualmente integra a diretoria da União de Ciclistas do Brasil - UCB; Guilherme Jordão: é graduado e mestre em direito pela UFPE, membro fundador da Ameciclo e trabalha como defensor público; e Suzana Leite Nogueira, que é mãe, ciclista, arquiteta e pedagoga, atuando há 20 anos na mobilidade urbana e tem alguns anos de vivência em diferentes órgãos executivos para o planejamento da mobilidade em diferentes cidades e, há 7 anos, atua exclusivamente para o fomento de políticas para a mobilidade ativa (bicicletas e pedestres) e atualmente trabalha como consultora no tema.
Os desafios da horizontalidade no cicloativismo
Muito da dinâmica das associações no terceiro setor são baseadas na horizontalidade. Para entender o que isso significa e no que isso implica, participaram da conversa Ana Carboni (UCB): Diretora Presidenta da União de Ciclistas do Brasil – UCB e membro da rede Bike Anjo. Formada em Psicologia, tem mestrado em Gestão de Recursos Humanos pelo King's College London, tendo exercido a profissão no Brasil, Reino Unido e Uruguai. Retornou em definitivo para Niterói, sua cidade natal, em 2014. Desde então, vem participando ativamente da promoção da mobilidade por bicicleta no país; Camila Fernandes (Escola de Ativismo), que é feminista, ativista e defensora do acesso à dignidade universal. Atua nos coletivos Escola de Ativismo e Grupo Mulher Maravilha e está conselheira estadual de direitos humanos representando o Mirim-Brasil (suplência); e Gaia Penteado (Ameciclo), que é produtora audiovisual por formação e cicloativista de coração, então, era uma das coordenadoras da Ameciclo. Desde 2012 integra grupos cicloativistas, como a Bicicletada - Massa Crítica, as Bucicletílicas e o Cicloação. Propôs a mesa sobre Horizontalidade na última edição do Bicicultura, que ocorreu em Maringá. A mediação mais uma vez ficou por conta da querida Manu Saudades (Ameciclo).
Além dos temas abordados, aproveitamos o espaço do Alinhando para o Lançamento do livro Roda Livre, das Três Bicicletas e o Lançamento do Ideciclo - Índice de Desenvolvimento Cicloviário, que serviram como um mote para discussões puxadas sobre estes produtos. Todos os vídeos estão disponibilizados no youtube.
Produto | Descrição |
---|---|
